Folha de madeira.
Lâmina de madeira.

Como são feitas?

Folha de madeira é exatamente uma lâmina de madeira. Uma fina película de madeira para aplicar geralmente sobre um compensado ou chapa de MDF. A folha é faqueada diretamente de um bloco de tora de uma árvore. É como se o tronco fosse fatiado em finas camadas. Pode ser fina ou muito fina, já que a idéia é aproveitar ao máximo os lotes com maior perfeição estética. As folhas produzidas para o Japão, por exemplo, são exageradamente finas, com espessuras de 0,2mm. A Europa, por sua vez, adota como padrão revestimentos entre 0,5mm a 0,7mm, dependendo da espécie. No Brasil estamos dentro desta média, 0,6mm de espessura na maioria das madeiras. As folhas decorativas de madeira são no mundo todo sempre menores que 1 milímetro de espessura. Cortes acima desta espessura já são chamados de capa e têm funções estruturais.

folha de carvalho madeireira bernauer

Como vimos, a folha de madeira é o resultado do processo de laminação de uma tora. Podemos afirmar que a folha de madeira é pura madeira. Ela se sustenta por suas próprias fibras.

Uma vez solta, ela fará parte de uma sequência continuada, com desenhos e cores progressivas. Cores e texturas que praticamente não mudam se comparadas à folha seguinte, mas que podem ser diferentes se compararmos as extremidades da tora. O início e o fim do lote pode ter uma variação já marcante. Para preservar esta semelhança na textura, as folhas são sempre empilhadas na ordem conforme saem da faqueadora. Este cuidado recria a forma original da tora, ordenando folha sobre folha. Depois são divididas em amarrados, estes numerados para não perder a sequência. A importância de manter esta continuidade é proporcionar material para grandes superfícies sem ruptura visual. Isto é chave e distingue o resultado do trabalho da marcenaria fina. Lâminas sequenciais permitem a perfeita paginação dos veios, garantindo unidade e uma composição primorosa do ambiente.

Formas de laminação.

A folha de madeira pode ser extraída com diferentes técnicas. Cada espécie merece ter realçada uma ou mais características. Estes diferentes processos favorecem o aproveitamento ou determinadas variações estéticas. Existe a folha de madeira torneada e a folha de madeira faqueada. Cada qual para uma finalidade.

Uma folha de madeira torneada pode ter a volta completa ou meia volta. Esta técnica permite a maior largura da folha, já que ela será extraída da circunferência e não do diâmetro da tora. Em uma tora com características estéticas tradicionais este meio pode ser menos interessante, pois poderia resultar em veios abertos ou deformados. Mas em toras pequenas e especiais, como as rádicas, é uma excelente opção. Deixa pedaços muito pequenos maiores e viabiliza o trabalho. Também para a indústria de compensado vale a pena. Neste caso se corta capas, folhas mais espessas com 2mm de espessura, geralmente. Com o corte contínuo, não precisam de emendas. Shape de skates e assentos de poltronas são prensados em moldes com lâminas geralmente torneadas.

Uma folha de madeira faqueada pode ser com catedral ou quartie. O que define é a condição da tora, suas trincas e a forma da sua parte oca ao centro. Existe um mercado permanente para lâmina com desenhos corrido. Para isso, a tora é dividada e repartida em 4 partes para depois ser fatiada. Por isso ganha o nome de quartie. Mas as lâminas de desenho catedral, ou seja largura completa, possuem maiores medidas e o desenho e textura clássica dos veios.

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Folha de madeira – nossa paixão.

Somos especializados na folha de madeira. Buscamos selecionar e oferecer a melhor qualidade que existe nas mais de 80 espécies conhecidas. Para permitir o uso adequado e facilitar o trabalho da marcenaria, oferecemos nosso conhecimento técnico e equipamentos para a aplicação profissional das folhas de madeira sobre chapas. São nossos serviços para a marcenaria. Assim, conseguimos que nossos clientes tenham os melhores resultados em seus acabamentos, que valorizem e se beneficiem em cada projeto.

Folha de madeira e aproveitamento.

Não se perde nada durante o processo de fatiar ou tornear a tora como folhas de madeira. O corte é realizado com uma faca de aço. Diferente da serra que come sempre o equivalente a sua espessura. A tora é preparada antes para estar dentro da maciez certa e não quebrar no impacto com a lâmina de corte. Cada espécie possui uma condição particular. Se trata de um trabalho muito técnico. A precisão do equipamento é chave para extrair uma folha de madeira com espessura igual por toda superfície, sem defeitos, firme e lisa. A avaliação e decisão do experto também aproximará o produto bruto ao resultado previsto. Depois de realizadas todas etapas, a folha de madeira parece algo simples e não mostra a complexidade de extração.

O aspecto estético é a preocupação em todo o momento. A madeira possui diferentes classificações de qualidade e seu preço está diretamente relacionado com ele. Uma folha de madeira dentro dos padrões que o mercado busca é certeza de recuperação do investimento. De conseguir o lucro esperado. Surpresas e imprevistos, como defeitos naturais que estão dentro da tora, já limitam seu uso e depreciam seu preço. Nestes casos, se recupera o investimento, na melhor hipótese. Acabam sendo usadas como substratos ou capas para o verso das chapas. De qualquer forma, nada se perde. Tudo é muito bem aproveitado.

Lâmina para o revestimento.

Atualmente o mercado foi inundado por opções artificiais de revestimento para móveis. São os famosos madeirados artificiais. A folha de madeira muitas vezes é substituída por imitações sintéticas. Além das desvantagens ambientais, estas imitações cansam muito rápido e deixam os móveis antiquados de um ano para o outro. Já madeira, não. Um trabalho bem executado de madeira valoriza o móvel. Nunca perde seu valor. Envelhece com estilo e sempre é mais agradável. Além de ser um material autêntico, orgânico e com propriedades além do que se pode ver. Isto faz toda a diferença.

Revestimento sustentável

A lâmina de madeira, assim como a madeira maciça, só existe porque sequestrou o CO2 da atmosfera. Este poluente fica retido de maneira segura em sua composição enquanto permanecer como madeira. Diferente de qualquer material industrializado, madeira não consome água ou energia para sua transformação. É um material pronto e limpo para o uso. Não é tóxica, não contamina. Não acaba com nosso entorno porque não deixa passivos ambientais para trás.
Enquanto isto, os produtos sintéticos poluem e lançam gases nocivos na extração e durante sua produção. Seus resíduos acabam em nossos rios e aterros. Usam energia e muita água porque são não existem em seu estado, são transformados. As imitações sintéticas de madeira têm em sua composição produtos nocivos, que muitos desconhecem ou ignoram. Melamina ou formaldeído, não tem nada de bom em sua composição. Basta uma busca rápida na internet para entender vínculos da melamina com problemas de saúde. Algo que é usado como pesticida não pode ficar bem na sua casa. Ambientes continuam a desgaseificação dos materiais sintéticos por anos. Indústrias criam uma demanda por produtos tóxicos descartáveis sem qualquer responsabilidade pelo descarte.

A madeira é explorada de forma seletiva. Ao madeireiro, só interessam comercialmente as árvores retas, grossas, altas, sem defeitos visíveis como buracos, sem muitos galhos, de uma zona de solo adequado. Precisam cumprir como mínimo as necessidades rentáveis que servem como madeira decorativa para justificar a extração de uma árvore.

Madeira natural pode ser reaproveitada ou descartada sem perigo. Com consciência e sem remorso. Como se pode notar, madeira não gera poluentes e ainda ajuda a limpar o ar, sequestrando C02 como árvore além de isolar e estocar na forma da madeira. Um material orgânico que combina bem com qualquer era. Um material sustentável e circular, já que pode ser reposta na natureza em perfeitos ciclos. Seu uso é legítimo, mesmo quando seu papel e eficácia é distorcida pelos interessados no uso da terra. Madeira segue sendo um dos materiais mais confiáveis que conhecemos.